Hoje
é o dia do Fotografo aqui no Brasil. Segundo a história, a data é de quando por
aqui chegou a primeiro maquina (imagine o tamanho) fotográfica: Daquerreótipo,
isso em 1840, trazido da França pelo Abade Louis Compet. A novidade foi
apresentada ao Imperador D. Pedro II, que é o primeiro fotografo Brasileiro. .
Mas,
existem controvérsias com relação ao descobrimento da fotografia, alguns
afirmam que antes desse descobrimento na França, ou seja, antes do lançamento
da Daguerreótipo, há relatos de aqui no Brasil, o pesquisador HÉRCULES FLORENCE
já havia anunciado a criação de um equipamento de fotografia, e sendo assim uma
das primeiras pessoas a utilizar o termo Fotografia, isso em agosto de 1832 na
cidade de Campinas em são Paulo.
E
aqui no Amapá, na cidade capital tucuju Macapá. Quem será que iniciou o oficio,
ou amor a esta arte de registra com luzes os eventos, rostos enrugados de
maresias dos nossos nativos caboclos índios negros e brancos que viveram e ainda
vivem nestas paragens...
Dizem
que tudo teve inicio pelas mãos de um padre que por aqui chegou e trouxe a
novidade de registrar com as luzes do sol, e aqui utilizou as do equador...
Marinho Cruz, Humberto e Mauro todos irmãos fincaram o marco, fizeram a cruz da fotografia,
como sinal de que aqui existiria caboclos apaixonados pela arte de fotografar, fincaram
a cruz através de um foto: Foto Cruz, ficava bem ali na rua do comercio, na
descida da Doca da Fortaleza, na esquina do seu Abraão.
No
bairro do trem entre o Urca bar e o Latitude zero, aos sons dos sinos da igreja
da Conceição um marajoara instalou suas lentes e sua paixão pelo ato de
registrar, fundou seu foto e fez escola por ali: Osmar Neri Marinho. O Foto do
seu Osmar fez herdeiros na arte de fotografar, de registrar com as luzes da
linha imaginária...
Mas
o enquadramento mesmo na regra ou sem regra dos terços aconteceu nas paredes do
velho frigorífico ou nas paredes da casa Belém, todos locais existiram na Doca
da Fortaleza, era bonito visualizar aqueles gostos dos fotógrafos: um pano branco
pendurado, fixado na parede, um banquinho, um caixa num tripé, um pano/toalha
envolvendo essa caixa ao PE da caixa um balde com água...
Ele
ajeitava o corpo à roupa de quem sentava no banco. Corria e me metia embaixo da
toalha, puxava um fio algo espocava, saia uma fumaça. Retirava um papel num
vidro colocava n'água dentro do balde , sacudia de um lado para outro como se
estivesse escorrendo, dava uma lambida. Dizem que era para tirar o sal...
Pronto
a foto estava pronta... Eram os lambe da cidade... Cresci querendo aprender a mexer
naquela caixa. Um dia eles desaparecerem da cidade. Depois surgiram a Kodak,
Yashika, Polaroide, e tantas outras, até que não precisa mais de filme de 12,
16 ou 24 posse, muito menos de um laboratório escuro. Para não velar o filme. Até
do celular tira-se foto...
Hoje,
existe somente saudade velada nas esquinas, nas paredes do frigorífico e casa
Belém todos demolidos, demolidos da memória da cidade... Não deixaram sequer os
labe lambes registrarem a sua demolição..
Viva
a Fotografia! Viva ao Fotografo e, que viva todos os instantes com a inspiração
aflorada...
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