quarta-feira, 15 de junho de 2016

A chama acessa


Será logo mais nas ruas da cidade de São José de Macapá, quando alguém autorizar, acenderão uma tocha intitulada de olímpica, isso lá para as bandas da comunidade de afros descendeste Curiau, ali em uma residência/restaurante particular intitulada de Ca de forno.

Sim, ali onde vendem refeições, comidas a base de peixes regionais... Dali  alguém sairá com a tocha acessa em uma canoa, representando o canto e a caboquisse daqui destas paragens tucuju.

A chama da tocha, ou a tocha e sua chama acessa percorrerá algumas ruas da cidade, algumas/varias ruas e por onde passar haverá saudação de artes, de artistas cantando e mostrando suas artes: teatro musica e artes plásticas...

Quem a conduzirá? Serão muitas personalidades. De todos os segmentos, não, de todos não, de alguns segmentos culturais... Mas deixem para lá os segmentos e as pessoas...

O importante que nesse momento a cidade está em festa. Todos os olhos brilham com o fogo acesso da tocha, todos os corações pulsando firme como povo destemido de guerreiros tucujus...

E a tocha passará pelas ruas limpas da cidade, ruas preparadas para a sua passagem... Passagem que deixará a certeza de que ainda veremos mais comemorações olímpicas...

Epá! A tocha já está passando pelas ruas, passando e levando a esperança de um povo guerreiro... Residente as margens do rio, residente em cios de lua e de marés...


eixem a tocha passar com sua chama acessa...

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Sessão Especial



Nesta quinta-feira, 09/06, às 9h, no plenário da Assembleia Legislativa do Pará, o Parlamento Estadual fará uma homenagem, em Sessão Especial, ao deputado Paulo Fonteles, militante de direitos humanos, advogado e um dos maiores expoentes e figura pública forjada nas fileiras do PCdoB.
Um dos aspectos de sua passagem pelo parlamento fora a denúncia contra a ditadura militar e a necessidade histórica de passarmos para um regime democrático, onde as liberdades políticas pudessem estar asseguradas no altar da vida pública brasileira.
Denunciava, também, o entreguismo do governo militar com sua subserviência aos poderosos internacionais e os projetos do imperialismo para a Amazônia. Atuava com um pé no Plenário e outro nas ruas e nos grotões, aliado não apenas dos camponeses, mas também da juventude e dos trabalhadores urbanos.
Fora do parlamento cria o Centro de Apoio ao Trabalhador Rural e Urbano (CEATRU) e apoia, como advogado, a luta contra os pelegos no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil que baniu o interesse patronal do seio do sindicato e da categoria.
Em 11 de Junho de 1987 todas as ameaças se confirmam e no final da manhã daquele dia é assassinado a mando da União Democrática Ruralista (UDR) na região metropolitana de Belém. A ação que atentou contra a vida de Paulo Fonteles ocorreu no mesmo momento em que se votava, no âmbito da constituinte, o Capítulo da Terra.
O advogado comunista Paulo Fonteles era um homem de partido e suas ideias continuam atuais porque a luta pela reforma agrária, pelos direitos do povo e pelo socialismo são absolutamente atuais nesta quadra histórica, deste momento brasileiro em que, mais do que nunca é preciso exemplos para reforçar o caráter da luta democrática em curso, denunciando o golpe no Estado Democrático de Direito e seus pilares fundamentais, como é o instituto do voto, usurpado por um congresso de maioria elitista, corrupta, de homens brancos e anti-povo.
Sua vida de combates continua inspirando até os nossos dias a luta histórica dos trabalhadores no sentido de sua emancipação social.
Fonte: Blog do Bordalo