sábado, 28 de setembro de 2013

Acordo




Acabou a greve dos jornalistas do Diário do Pará e Portal DOL. Foi celebrado acordo para pagamento de piso de R$1.300,00 a partir de agora, passando a R$1.500,00 em abril de 2014. Os dias parados serão pagos e garantida a estabilidade por 45 dias.

Também ficou acertada a reposição integral da inflação acumulada pelo INPC, no período de 2012/2013, para quem não ganha o piso; e a compensação em até três meses dos dias em que os profissionais estiveram em greve.

O Sinjor-PA considera que o movimento Jornalista Vale Mais foi vitorioso e a categoria sai fortalecida.

(Postado blog Franssinete Florenzano às 01:02 )

Homenagem à Arthur



Texto lido na abertura do programa Artes das Artes
                                                             Osvaldo Simões

Hoje 27 de setembro de 2013, 17 horas na linha imaginária, linha do equador, no momento estamos no equinócio de outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul. Estamos no meio dos hemisférios, no meio das estações de outono e primavera.

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Mas hoje, comemoramos o aniversário de 90 anos do nascimento do Poeta, Jornalista, Desportista Chaviense-Amapaense-Macapaense, um amazônida: Arthur Néri Marinho. Um Escritor. Um Literato. Nascido em27 de setembro de 1923



E a literatura Amapaense, ou literatura aqui produzida, vem de bubuia desde muito tempo. Ela veio enfrentando pororocas, secas e lançantes. Algumas vezes encalhou nas bocas dos rios, outras vezes navegou em plenilúnio das noites e cios. Assim, ela veio descendo e subindo rios, como uma grande canoa, rebocando aqueles que lhe acenasse das beiradas dos rios literários e veio transportando todos, sempre dando um jeito de acolher, arranjando escapulas para atar a rede de mais um escolhido nas águas da escrita.



 Assim vem, desde Alexandre Vaz Tavares, Movimento Rumo, Academia Amapaense de Letras, Associação Amapaense de Escritores, deságuando a produção hoje na II Flap – Feira do Livro Amapaense... a qual banhará a cidade com letras... Nesse mês de outubro que se aproxima.



 E quem representa hoje no Programa Radiofônico “Artes das Artes” essa carga-poética transportada na grande canoa literária Amapaense é Arthur Néri Marinho, Arthur Marinho como era conhecido literariamente, nasceu no Município de Chaves no Pará, na Ilha do Marajó. Sim, era caboclo marajoara. Caboclo das terras crescidas e encharcadas, das canaranas e matupás...



Chegou a Macapá Capital do Território Federal do Amapá no ano de 1945, aqui arriou sua bagagem literária e fez sua morada, dançou marabaixo e batuque, sentiu o cheiro da gengibirra e fez promessas à São José. Daqui passou  a absorver o sabor das manhãs equatoriais e o entardecer às margens do rio Amazonas, pois, era dali, da pedra do guindaste que observava e absorvia a beleza Macapanse, então já embebecido pela simplicidade da cidade Macapá, escrevia para ela que iniciava sua trajetória na organização publica...



Arthur funcionário publico. Da labuta na repartição publica às caminhadas na Doca da fortaleza, bairro do Trem, do laguinho, favela, até se radicalizar no Jacareacanga, em uma das casas na Vila do Ipase, ali só morava funcionário do GTFA.



Arthur da Poesia, do jornalismo, escreveu artigos, crônicas publicadas nos jornais de sua época. Na repartição publica fez petições, despachos, memorando e ofícios. Foi Chefe de Gabinete de Governo. Arthur também desportista, foi fundador da Sociedade Esportiva e Recreativa São José... Time de futebol de muitos títulos, chamado hoje de “o mais querido”, tem sua sede no bairro da Laguinho. Assim como o Beira Lago time da vila... Sócio fundador do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa.



Arthur de muitos instrumentos. Mas, o que ele mais utilizou foi a lapiseira, a caneta e o papel, esses ele manuseou com maestria para burilar suas letras: poesia. Participou do primeiro movimento literário amapaense intitulado “Movimento Rumo” participando assim da Antologia Novos Poetas Amapaense em 1960 e da Coletânea Amapaense em 1988. Publicou duas obras literárias: Sermão de Magoas em 1993 e Cantigas do meu retiro em 2002



Lembremos do Arthur. Lembrando principalmente da simplicidade do Poeta. Do Poeta Arthur. Lembremos também da caminhada que fazia no entardecer do dia, próximo à igreja Jesus de Nazaré na Rua Leopoldo Machado, em direção a sua residência, pois, morava na Vila do Ipase desde quando não existia passagem para o bairro do pacoval. E a casa da Suerda ficava d’outro lado do lago.



Por onde passava, em todos os afazeres/fazeres do Seu Arthur, estava a sensibilidade e a fraternidade do Poeta Arthur Neri Marinho.



Aqui no estúdio, também está uma de suas obras, sua sobrinha e sua sobrinha neta.....  São inúmeras as obra do Grande Poeta Arthur.  O Poeta Arthur Néri Marinho obedeceu  a máxima: “Escreveu  Livros, fez  filhos e Plantou  arvores” hoje fazem 10 anos que ele nos deixou materialmente e indo lapidar mais poesias na Grande Estrela ao lado do Pai Celestial.



Viva a arte das artes! Viva a arte das letras! Viva a Literatura! Viva a Poesia aqui produzida!

Viva é a Poesia de Arthur Néri Marinho.!

domingo, 22 de setembro de 2013

Primavera dos Museus




Acontece no período de 23 a 29 de setembro, a 7ª Primavera dos Museus no Amapá, que trará para discussão a 'Memória e Cultura Afro-brasileira'. O evento acontecerá na praça central da Fortaleza de São José de Macapá, e reunirá os museus do Forte, Joaquim Caetano da Silva e de Arqueologia e Etnologia do estado.
A abertura oficial da programação cultural, que integra a Semana Nacional dos Museus, será no dia 23, às 17h, na praça da Fortaleza de Macapá.

Confira a programação: 23/09 (Segunda-feira)
14h às 18h no Auditório Waldemiro Gomes (Museu Sacaca)
Mesa redonda: Museus e Cultura Negra: Discutindo o papel dos museus
Público-sujeito: Movimento social negro, técnico de museus, estudantes e interessados
Palestrantes: Jorge Alberto de Araújo de Souza / Elane Carneiro de Albuquerque
Museólogo: Antônio Marcos Passos


24/09 (Terça-feira)
9h às 11h na Exposição a Céu Aberto
Atendimento às instituições escolares com a Trilha da Memória, enfatizando as personalidades amapaenses: Sacaca, Mãe Luzia e Julião Ramos + apresentação do Projeto Circo Escola

25/09 (Quarta-feira)
14h às 18h no Auditório Waldemiro Gomes (Museu Sacaca)
Oficina de dança afro
Público-sujeito: Estudantes de Educação Física, Pedagogia e interessados
Oficineiro: Grupo de Capoeira Quilombo Brasil


26/09 (Quinta-feira)
9h às 11h na Exposição a Céu Aberto
Atendimento às instituições escolares com a Trilha da Memória, enfatizando as personalidades amapaenses: Sacaca, Mãe Luzia e Julião Ramos + apresentação do Projeto Circo Escola
19h às 22h na Praça de Alimentação (Museu Sacaca)
Projeto Fim de Tarde no Museu
Música: Jorginho do Cavaco & Grupo Samba de Jorge
Poesia: Boca Miúda


27/09 (Sexta-feira)
10h às 18h
Visitação pela Exposição a Céu Aberto do Museu Sacaca


28/09 (Sábado)
8h às 12h no Auditório Waldemiro Gomes
Encontro de Educadores
Tema: "Patrimônio Cultural e Educação Étnico-Racial"
Público-sujeito: Professores e técnicos das escolas Josefa Jucileide, Predicanda Lopes e José Bonifácio
Palestra 01: A aplicação da Lei nº 10.639/2003 (Guaraci de Assis Pastana)
Palestra 02: Patrimônio Cultural e Educação Étnico-Racial (Elane Carneiro de Albuquerque)


29/09 (Domingo)
18h30 às 21h na Praça do Sacaca
Cine Museu I´Ã
Público-sujeito: Comunidade em geral

domingo, 15 de setembro de 2013

Quando bate o tambor




Chegou-me o CD de Oneide Bastos, composto por onze cantigas/canção/carimbó/chula marajoara/marabaixo/samba e samba canção... Ela vem batendo palmas e batendo o tambor, tambor de toda uma geração, de toda miscigenação.


Oneide Bastos traz a força da fé através dos toques dos tambores, são toques espalhados desde os campos cerrados do curiau, vem em procissão de fé à Santa Padroeira da Amazônia. Desce aos terreiros e faz sua reverencia aos Santos nos altares e congares;.


Engana-se quem pensa que a cantora/intérprete/artista faz seu debute, ao contrario, ela vem madurecendo o canto nas noites, dias e madrugadas na cidade de Macapá, ela é tucuju. E assim chega aos nossos dias com mais um trabalho musical e canto.


Ela soube escolher seu repertório, o qual tem cheiro de rede atada na varanda, gemendo escapulas e levando-nos a sonhar, a amar mais nosso pedaço de chão/torrão Macapá. É uma voz vagando nas beiradas dos rios em montaria carregando bandeiras e ritmos nossos. O canto ancora em qualquer porto/gosto amante da musica e acende lamparinas de esperanças no raiar do dia que virá com amor e paixão.

Ela se coloca imponente dentro da musica amapaense, como uma arvore de bacabeira frondosa em cantigas e boa expressão no cantar e olhar... molha seu rosto de suor da labuta e lava com as águas escorrendo dos corações, pois, ela canta com sentimento e paixão as coisa daqui.


É assim que ela vem batendo tambor. Quer dizer, depois de tomar benção da Tia Chiquinha cantadeira de Marabaixo e moradora da comunidade do Curiaú. É O. Bastos indo mergulhar na ancestralidade dos ritmos amapaense e transporta para seu canto, cada musica é encerrada com toques de caixas de marabaixo ao fundo, isso nos leva a pensar e dançar nosso ritmo marabaixo.


Também traz a chula dos campos alagados do Marajó, de lá um dia também viemos através dos aruaques e chegamos remando em esperanças de preservação de identidade, mas tivemos a permissão e a bondade divina de nos cruzarmos com irmãos nagôs e fizemos nossa morada nessas terras. E aqui estamos cantando e ouvindo o Cd de O Bastos “quando bate o tambor!”, assim não dá para pararmos, então, é só entrarmos na roda e ouvi as musicas e dançar com sentimento das boas coisas que temos aqui.


Ela chegou batucando, batucando e cantando esse nosso amor Amazônico. Chegou com som estalando em caxixi feito em cipó titica. Ela é mãe de Peixe-Sereia, por isso mãe Peixe-Sereia Sereia peixe também é!



Traz um olhar na capa/CD apoiado em suas mães, olhar de quem aprecia as belezas do canto e escuta as vozes do rios, matas, cachoeiras, igarapés e lagos... Assim também o som vindos dos terreiros. Por isso é agora que temos que bater forte o tambor, para ouvir o CD de Oneide Bastos.  


11 Músicas do CD
Bacabeira (Enrico di Micelle-Cleverson Baia- Joãozinho Gomes)

Jurupari (Oneide Bastos)

Promessa de Mãe (André Luiz Barreto-Cassio Pontes)

Cabocla Linda (Willian Cardoso)

Flor da Ausência (Paulinho Bastos-Leandro Dias)

Canto a Amazônia (Paulinho Bastos-Oneide Bastos)

Urubu, Mestre do Voo (Eudes Fraga-Joãozinho Gomes)

Bate Tambor (Leci Brandão-Zé Mauricio)

Não Peguei o Ita ( Nilson Chaves)

Dovê (Oneide Bastos-Agessandro Rêgo)

Lamento (Fernando Chaves)

sábado, 14 de setembro de 2013

III Conferência Estadual de Cultura




Logo mais às 8hs no Auditório do Macapá Hotel, na beira rio, terá continuidade a Conferencia Estadual de Cultura. Hoje os delegados municipais por segmentos terão direitos a voto e voz, poderão discutir, propor e aprovar ações de melhorias na construção do Sistema Estadual de Cultura.

Os Eixos a serem debatidos serão: Sistema Nacional de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais e Cultura e Desenvolvimento, que trata da economia criativa, que gera renda e movimenta as atividades econômicas.

Algumas propostas a serem defendidas pelas delegações Municipais: a Interiorização,  do Programa Nacional de Tecnologia para a Cultura (Pronatec); a Criação de Centros Culturais; Banda Larga, Capacitação por meio de Programas Municipal, Estadual e Federal.

Também na Conferência Estadual serão eleitos os delegados que vão representar o Estado através de seus segmentos culturais Na Conferencia Nacional em Brasília no mês de Novembro.  

Abertura

 Com o tema “Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Estadual de Cultura”. Aconteceu ontem 12/09 às 19hs no Teatro das Bacabeiras, a mesa foi composta pela Secretário de Cultura Luiz Pingarilho, Presidente do Conselho Estadual de Cultura Claudio Silva, Representando Ministra da Cultura o Sr. Bernardo Machado, da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Dep. Federal Evandro Milhomem, Dep. Estadual Roseli Matos. O Secretario de Cultura Pingarilho abriu a Conferencia dizendo que agora era a hora de colocar sua angustias e proposta, encerrou sua fala desejando boa Conferencia à todos.