quinta-feira, 27 de abril de 2017

Coincidência ou não



                                                                    Osvaldo Simões

Ao ligar o rádio sintonizando-o em uma das emissoras disponíveis no dial, percebo que as noticias dão conta de uma série de pessoas com problemas de aneurisma, infarto, isquemias e outras gravidades mais...

Na maioria dessas pessoas acometidas dessas enfermidades, estão pessoas de várias categorias sociais. Claro o destaque é dado às personalidades do País. Ou aqueles que de alguma maneira contribuíram muito, mesmo que tenha lesado a pátria-financeira.

Depois recebi um telefonema, alias uma mensagem, agora poucas pessoas se comunicam através da voz, na maioria é via mensagem de texto. Dizem que a economia dos créditos é grande. A mensagem diziz que algumas leis foram alteradas/mudadas na noite anterior na casa das Leis BSB.

Comecei a pensar nas pessoas que acabaram de sentir-se mal, sendo acometidas pelas mazelas, depois que as mudanças foram anunciadas. Sim, é que as leis mudadas mexem em toda a estrutura social. Acabando com os direitos trabalhistas. Direitos conquistados através de muitas lutas...

É muito triste. Dolorosa essa situação – diz a mensagem de texto no celular. Pensei em responder orientando em fazer greve. Acontece que acaba de ser noticiado de quem fizer greve terá seus dias descontados na folha de pagãmente. Bem, agora se danou.

Sendo coincidência ou não, as leis mudadas estão levando senhores/pessoas a sofrerem e com isso adoecerem, morrerem. Sendo assim. Vou parar de pensar nessas coisas. Pretendo durar mais um tempo...

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Curta Teatro



II FESTIVAL CURTA TEATRO - PROGRAMAÇÃO COMPLETA 

PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA COMPETITIVA

1º DIA
18h e 30m–Espetáculo Convidado “Se deixar Ela canta” da Cia. Cangapé
19h–Solenidade de Abertura do II Festival Curta Teatro/ Homenagem a Celso Dias
19h e 30m–Processo/ Experimento Cênico “Íntimo” de Alan Gomes
19h e 55m-Processo/ Experimento Cênico “Kamikaze” do Movimento Cultural Desclassificáveis
20h e 20m-Processo/ Experimento Cênico “Uma voltinha romântica com o Espeto” da Cia. de Arte Tucujú
20h e 55m-Processo/ Experimento Cênico “A cena da cena” da Cia. Supernova
21h e 20- Processo/ Experimento Cênico “Um louco amor” da Companhia de Teatro Ribaltas

2º DIA
19h-Espetáculo Convidado “Os Saltimbancos” da Cia. Ói Nóiz Akí
20h-Processo/ Experimento Cênico “O mercador de contos” da Cia. Cangapé
20h e 25m-Processo/ Experimento Cênico “Entre Seres” da Cia. Trecos InMundos
20h e 50m- Processo/ Experimento Cênico “A história do antigamente” do Movimento Cultural Desclassificáveis
21h e 20-Processo/ Experimento Cênico “Novo Amanhecer” do Grupo de Teatro Pirlim Pimpim

3º Dia
19h- Processo/ Experimento Cênico “Como carniça urubus...ou Decomposição cênica” da Cia. de Arte Tucujú
19h e 25m- Processo/ Experimento Cênico “Uma flor para Margarida” da Cia. Os Paspalhões
19h e 50m- Processo/ Experimento Cênico “Eclesiastes 3.1/ 3.16” do Grupo Metamorfoseando e Andando
20h e 20m- Processo/ Experimento Cênico “A mulher do fim do mundo” da Casa Circo
21h- Espetáculo Convidado “A Rainha do Rádio” da Esfera Produções Artísticas/ SC

ATIVIDADES FORMATIVAS

Oficina: Elaboração de Projetos Culturais
Instrutora: Mariane Feil/ Esfera Produções Artísticas/ SC
De 25 a 29 de Abril no Teatro das Bacabeiras
Horário: das 09h às 12h

Oficina: O Ator – Criador
Instrutora: Mariane Feil/ Esfera Produções Artísticas/ SC
De 27 a 29 de Abril no Teatro das Bacabeiras
Horário: das 14h às 18h

Mesa Redonda: Dramaturgia Amapaense
Mediador: Joca Monteiro
Dia 29 de Abril no Conselho Estadual de Cultura do Amapá – CONSEC/ AP
Horário: 14h
Mesa Redonda: Memória Afetiva da Cena Tucujú
Mediador: Osvaldo Simões
Dia 29 de Abril no Conselho Estadual de Cultura do Amapá – CONSEC/ AP
Horário: 16h

Roda de Conversa com Ammir Hadad/ Tá na Rua-RJ
Tema: Arte e Cultura enquanto bens públicos
Dia 29 de Abril no Conselho Estadual de Cultura do Amapá – CONSEC/ AP
Horário: 18h
 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Olhar triste da menina



Aparenta ser bem jovem. Porem carrega um olhar distante e triste. Tem os olhos mergulhados, parece que na tristeza de seus dias. Mas como de seus dias? Uma vez que seus dias são ensolarados e, seus caminhos são recobertos de flores da época de sua vida.

eus cabelos escorrem em seus ombros. Suas orelhas não possuem brincos e, nem precisa, pois o brilho de suas orelhas (égua! Orelha tem brilho?) ofuscariam tais pendrulicarios. Tem um pescoço alongado, talvez para com seus olhos triste tentar avistar o outro lado da vida...

Mas a menina continua imóvel, olho para ela e ela nem pisca. Tem um sorriso em seus lábios, está preso, ela está prendendo o sorriso. Talvez por não vê alguém a quem quer doar esse sorriso...

Ela estar agora colocada em cima da mesa. Eu não a conheço. Encontrei a foto dessa menina hoje à tarde na entrada da repartição. Mesmo na foto a menina tem o olhar triste.

sábado, 22 de abril de 2017

Homem piracuí



Completa hoje 87 anos de vida. Felicidades para ele. Alguém pode achar pouco tempo, até mesmo desdenhar. Acontece que não conhece suas origens. Agora, chegar a essa idade de vida, saudável, carregando alegria em seus olhos, qualquer um dessa atual geração poderá chegar. Mas, prestem atenção para a geração dele, para sua origem... Ele é do século passado!

Caboclo amazonida, nascido às margens dos rio/igarapés, vaqueiro que foi, costuma afirmar que sua mão não fechava de tão grossa que era devido ao manuseio com as cordas (laços e amarras). Mas tudo bem. Ele nasceu quando a expectativa de vida era até aos 50 anos, era uma festa quando se atingia tal idade (muitos não aportaram aos vinte). Hoje segundo as estimativas/estudos é de 80, 90, pra frente. Ele completa 87!

Teve um inicio de vida privilegiada. Tomou banho de rio, pescou, remou, empurrou canoa com varejão nas travessias dos baixios, comeu fruta in natura. Sua alimentação básica desde o themb até aquela antes de se agasalhar na noite, foi o peixe: assado na brasa, cozido... Durante as grandes enchentes do rio, um bom piracui, o qual era reserva obrigatória pendurado em envira acondicionado em paneiro na cumeeira da cozinha.

Desde jito até hoje se alimenta dessa farinha de peixe. É uma farinha sim, de peixe, invenção indígena/cabocla/nativa amazônica cujo preparo conserva a carne por muito tempo. É uma carne de peixe desidratada, não é qualquer um que saber fazer. É uma receita, um fazer daqui da região. Hoje na atual culinária usa-se a farinha em vários pratos: desde a farofa até ao piracui de casaca.

O aniversariante de hoje prefere sem casaca. Prefere somente com a farinha e o alho/óleo: farofa nativa. Podem dizer/falar: grandes coisas isso! É que ele até hoje se alimentar assim: Piracui todos os dias, alias, é o prato diário do mestre Proeiro: Piracui desde o café até o jantar...
 
Costuma dizer que seu remédio de longividade é sua alimentação. Pasmem! Ele ainda toma as suas doses de cachaça, todos os dias. Mas é cachaça/aguardente da boa tirando gosto com piracui. Sua relação com o peixe desidratado é simbiótica... Felicidades e vida longa ao Homem Piracui, cuja única pavulagem é a de que o piracui seja de acari.