Foi a noticia que me chegou através
de um telefonema. Na minha cabeça surgiu a imagem de um tempo passado. E bote
tempo! Tempo em que se podia reunir nas esquinas, tempo em que a ternura podia
florescer em qualquer jardim...
Nesse tempo que passa na
minha imaginação, vem às musicas de Tim Maia e com elas as imitações, quer
dizer, pessoas cantando suas musicas e tentando atingir a sua interpretação. Alguns
chegavam bem próximos a ele.
Um desses que se aproximava
era o Joe. Ah! Esqueci-me vocês não conhecem o Joe. Pois bem, o Joe é mocorongo.
Tá bom. Mocorongo é quem nasce na cidade de Santarém.
A casa ficava na Rua São
José lá no morro do sapo, foi nessa residência de madeira, ou melhor, no pátio dessa
residência que um rapaz vestido em um fato feitio/modelo safari cor caqui, apossado
de um violão, soltou/esgoelou a voz entre os fios do bigode e da barba, sim,
ele era barbudo.
A voz que ecoava daquele pátio,
não era uma voz identificada com as vozes batidas e rebatidas no bairro durante
as serestas. Era uma voz diferente, alguém identificou com a voz do Tim Maia, e
a interpretação que interpretava ou a modinha que cantava era “Padre Cicero”. Pense
em uma semelhança. Para muitos era o próprio Tim quem estava ali cantando.
Depois, noutro dia fomos
saber que era o Joe quem cantava naquela noite passada a musica de Tim Maia. Para
nós ficou conhecido como o cantor que imitava o Tim. Em seguida, soubemos que
já tinha estrada na interpretação musical. Tinha passagem em festivais. Principalmente
o Festival de Santarém na dec. 70.
O Joé logo retornou a sua
terra. E bote tempo em que foi embora. Somente agora ele retorna a capital
tucuju, só uma coisa, a casa onde se apresentou pela primeira vez no morro, não
existe mais.
Muitos estão a se perguntar
como está o Joe? Ainda usa roupa estilo safari? Ainda usa barba? Mas de
qualquer jeito que estiver que seja bem vindo a terra onde encantou com “Padre
Cicero!”. O Joe vai chegar, aguardem.
Em tempo: a residência onde
Joe se apresentou era do Radialista Amazonas Tapajós.
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