Encontrei com ele de manhã
bem cedo, eu já carregava a sacola com pães todos quentinhos. A garrafa de café
estava vazia, ainda não tinham providenciado o elixir matinal, por qualquer
motivo. Mas minha obrigação estava cumprida: os pães estavam à mesa.
Ele se voltou a mim e
começou a me indagar sobre os rios da região, queria saber de tudo: profundida,
largura, distancia e se existia bichos que pudessem devorar um ser humano. Tentei
explicar dentro de minhas poucas experiências sobre o assunto. Na verdade fui
empurrando com a barriga como se diz, quando não se tem domino do assunto.
Quis saber o motivo de seu
interesse pelo assunto das águas. Enquanto lhe indagava, ele arrumava uma
mochila, pude observar alguns apetrechos como boia/prancha de natação, protetor
de ouvidos e um óculo...
Insistir no assunto, ou
melhor, quis saber o porquê de sua indagação. Ele desconversou pedindo-me um
copo de suco, mas que fosse natural. Ainda bem que tinha abacaxi cortado no
congelador.
Alguém o chamou no portão.
Ele se despediu e foi-se com uma toalha no ombro. Em cima da cadeira na sala um
papel. Era a ficha de inscrição de sua competição. Ele é nadador! Já é
medalhista.
Que vença mais uma. Ele é
meu neto de nove anos de idade. Acho que ele será um peixe.
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