Nesta quinta-feira, 09/06, às
9h, no plenário da Assembleia Legislativa do Pará, o Parlamento Estadual fará
uma homenagem, em Sessão Especial, ao deputado Paulo Fonteles, militante de
direitos humanos, advogado e um dos maiores expoentes e figura pública forjada
nas fileiras do PCdoB.
Um dos aspectos de sua passagem
pelo parlamento fora a denúncia contra a ditadura militar e a necessidade
histórica de passarmos para um regime democrático, onde as liberdades políticas
pudessem estar asseguradas no altar da vida pública brasileira.
Denunciava, também, o
entreguismo do governo militar com sua subserviência aos poderosos
internacionais e os projetos do imperialismo para a Amazônia. Atuava com um pé
no Plenário e outro nas ruas e nos grotões, aliado não apenas dos camponeses,
mas também da juventude e dos trabalhadores urbanos.
Fora do parlamento cria o
Centro de Apoio ao Trabalhador Rural e Urbano (CEATRU) e apoia, como advogado,
a luta contra os pelegos no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil que
baniu o interesse patronal do seio do sindicato e da categoria.
Em 11 de Junho de 1987 todas as
ameaças se confirmam e no final da manhã daquele dia é assassinado a mando da
União Democrática Ruralista (UDR) na região metropolitana de Belém. A ação que
atentou contra a vida de Paulo Fonteles ocorreu no mesmo momento em que se
votava, no âmbito da constituinte, o Capítulo da Terra.
O advogado comunista Paulo
Fonteles era um homem de partido e suas ideias continuam atuais porque a luta
pela reforma agrária, pelos direitos do povo e pelo socialismo são
absolutamente atuais nesta quadra histórica, deste momento brasileiro em que,
mais do que nunca é preciso exemplos para reforçar o caráter da luta
democrática em curso, denunciando o golpe no Estado Democrático de Direito e
seus pilares fundamentais, como é o instituto do voto, usurpado por um
congresso de maioria elitista, corrupta, de homens brancos e anti-povo.
Sua vida de combates continua
inspirando até os nossos dias a luta histórica dos trabalhadores no sentido de
sua emancipação social.
Fonte: Blog do Bordalo
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