Não, não é
medo...
Cada vez em
que abro as páginas, ou que, viajo nas informações eletrônicas, meus olhos se
arregalam chegando a lacrimejarem. É que leio anuncio de partidas para outro
plano, partida de pessoas amigas, outras, não muito amigas, mas pessoas chegadas
a mim.
Na verdade,
comecei a observar que as pessoas que estão de partida, ou partindo, são
pessoas da minha geração. Pessoas com quem convivi diretamente, outras casualmente,
mas pessoas conhecidas.
Falo isso,
não por medo, juro, falo por ver a minha geração partindo. Aí fico me
perguntando, será que já cumprimos nossa missão? É porque dizem que quando
cumprimos, somos chamados para a grande prestação de contas...
Não é
brincadeira não, somente nessa semana foram três pessoas que partiram, uma
delas mais jovem que eu dois anos (1958/1960), ainda dancei a valsa de seus 15
anos, sim, fui um dos convidados.,
Eram duas
irmãs, eram gêmeas e residiam na avenida Fáb., avenida que a época não era
qualquer família que ali residia... a casa tinha uma parte superior, onde foram
realizadas as cerimonias de um aniversario de 15 anos, diziam que era a
passagem de menina moça... tinha até troca de sapatos
Sim, era
quando a menina passava a usar sapato de salto, isso naquela época. Era quando
utilizava a primeira maquiagem, tudo isso depois da meia noite,
Mas deixemos
as cerimonias de lado e, voltemos a falar das passagens dos amigos e ou
conhecidos...
Uma dessas
irmãs gêmeas, partiu recentemente, há pouco mais de 48 horas e, somente agora
vi nas páginas. Na semana passada um amigo dos tempos da adolescência, agora a
senhora com quem dancei a valsa.
Juro que não
estou com medo da morte. Não, não estou com medo que ela me apanhe, mas tenho
receio que me chegue de surpresa...
Não que eu
não queira ir, só que ainda não agora. E quem já quer ir, somos ainda
materialistas... Que meus amigos e conhecidos que partiram sigam na paz e
aceitem sua passagem.
Por aqui
fico com saudades, mas orando por seus novos caminhos e, com gratidão por ter
convivido com todos, se não os agradei desculpem-me.
Mas juro que
não é medo, é uma simples tristeza!
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