Germinado nas
folhas mangueiras da cidade, regado com as águas das chuvas da tarde caídas sob
a cidade, assim chegou ao mundo molhado pelas águas/chuvas belenense e, assim veio
aportar desde menino nas brenhas Território Federal do Amapá - TFA... Cresceu
embalado pelo vento vindo do rio Amazonas, rio molhando a cidade e sua vida:
Pedra do guindaste.
O som/vida veio brotando
das bandas lagos/fazendas de lá, de lá daquelas paragens, paragens encharcadas
de paisagens naturais, onde pirarucus/tucunarés dançavam ao sabor do luar, lugares
onde também pescadores remavam sonhos, plantando esperanças na claridade das porungas...
Mas, foi justamente em uma facheada noturna do amor que vieste ao
mundo e, já chegastes malhado pelas seis cordas do instrumento musical... Entre
dedilhadas e dedeiras correstes mundo sons diapasão/violão. Dedilhastes acordes
em sabores trairauçu/curupete, saboreando-os entre batuques e marabaixos. Abraçado
ao instrumento que domastes, alongastes abraços abrasados em vida equatorial:
esposa filhos netos amigos afilhados fãs. Seguistes então, remando entre noites
madrugada e dias docas da fortaleza...
Tuas tardes: bairro do trem próximo a sede dos vigienses, onde tua
vigilenga era a cadeira de balanço, teu olhar fixo na direção Sindicato,
arrumando acordes em gavetas lembranças. Teus dedos já não mais corriam as
cordas do violão, somente um olhar percorria e solava a vida. Um sorriso debochado
em timidez entre os lábios... Um dia amanheceu...
Quando amanheceu esse dia, dia em vinte e cinco dobras matinais tingidas
de cheiro queijo Amapá, amanheceu emudecendo sabor sinfônico de Apelo... Apelo
de não partida, como se fosse um pedido, uma suplica para q ficasses mesmo q
sentado, mesmo q não mais alisasses o instrumento agora abandonado, mas ficasses...
Mas em nota Dor maior Sabá se foi. Foi por ai, agora tocando nuvens e
tirando sons dos buritizais em açaís na tigela, de uma cidade q já era... Saboreando
sabor tucumã onde cartilha de ABC nogueira tapajó baden sempre arava suas
manhãs em si bemóis...
Hoje o sol equatorial se abriu em verão para que iluminasse a passagem
do som entre óculos de grossas lentes. Donde ele via/revia a cidade em sua transformação,
onde unhas compridas dedilhavam emoções em doses compares...
Porem, mais do que nunca o violão na esquina da casa ainda sonha em
rede atada com Urca bar, gato azul, clube do guri seu trampolim... Mas agora!
Um som Celi anda pelas lembranças selando parcerias entre o sol e a
sombra da castanheira, cantam cantigas em dor maior... Dor partida em cauda de
cometas donde a vibração sonora também se fez maior... Som q hoje não tem mais guarida
em sede social Esporte clube Macapá, Amapá Clube nem mesmo o circulo militar
resistiu à investida de pessoas sem patentes musicais as quais destruíram a
historia/monumento.
Neste momento os pássaros sobrevoam a cidade ouvindo bem distante um
som dissonante desafinando uma Cantiga Aporema, cantiga tocada em Dor Maior com
a partida do Sabá.
Obs.: pela passagem do sétimo dia da partida de
Sebastião Montalverne. “ O importante é que a nossa emoção sobreviva...”
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